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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

eletrica

 
FUNDAMENTOS
DE ELETROELETRÔNICA.
PROF. HAMILTON.
ELETRICIDADE BÁSICA.
VOLUME I
2
SUMÁRIO:
Capítulo sobre corrente contínua.
0.0 Conceitos Básicos.
1.0 Sentido da Corrente.
2.0 Resistência Elétrica.
3.0 Materiais Condutores, Isolantes.
4.0 Resistores.
5.0 Resistência Equivalente.
6.0 Lei de Ohm.
7.0 Resistividade.
8.0 Divisor de Tensão e Corrente.
9.0 Circuito Elétrico.
10.0 Circuito Série.
11.0 Circuito Paralelo.
12.0 Potência Elétrica.
13.0 Pilhas e Bateria.
14.0 Instrumentos de Medida.
15.0 Ponte Resistiva .
16.0 Lei de Kirchhoff para Tensão.
17.0 Lei de Kirchhoff para corrente
18.0 Lei dos Nós
19.0 Lei das Malhas
20.0 Tensão Contínua
21.0 Tensão Alternada.
Capítulos sobre corrente alternada
22.0 Materiais Elétricos
23.0 Transformadores.
24.0 Motores.
25.0 Geradores.
26.0 Geração e Distribuição de Energia Elétrica.
27.0 Técnicas de Solda.
28.0 Bibliografia
29.0 Anexos
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CONCEITOS BÁSICOS
1- Matéria e Substância
Matéria é tudo que existe no universo.
A madeira, o vidro, a água são exemplos de matéria. No entanto podemos
perceber diferenças nessas matérias:
O vidro é transparente, a madeira não.
A água não tem forma própria.
Essas diferenças ocorrem porque cada tipo particular de matéria é uma
substância com características próprias.
2- Moléculas e átomos
Molécula é a menor parte que pode existir de uma substância. São partes tão
pequenas, que não podem ser vistas mesmo com o auxílio aos microscópios.
Pôr exemplo, uma molécula de água é a menor quantidade de água que pode
existir.
As moléculas são constituídas de átomos.
O que caracteriza uma molécula é o tipo de átomo, a quantidade deles e o
modo como são combinados para constituí-la.
Atualmente são conhecidos 103 tipos diferentes de átomos. Cada tipo recebeu
um nome e tem características próprias.
3- Prótons, Nêutrons e Elétrons
Durante muito tempo se acreditou que o átomo fosse a menor parte da
matéria. Tanto assim que o seu próprio nome( do grego a = sem e tomo =
dividir) significa “o que não se pode dividir”. Atualmente, sabe-se que o átomo
se compõe de Prótons, Nêutrons e Elétrons.
A estrutura do átomo consiste em um núcleo central, formado pôr dois tipos
de partículas simples e indivisíveis: os prótons e os nêutrons. Os prótons têm
carga elétrica positiva, e os nêutrons não têm carga.
4
CONCEITOS BÁSICOS.
Em volta desse núcleo gira um número variável de partículas de carga elétrica
negativa- os elétrons – que realizam milhões de rotações pôr segundo.
O núcleo positivo – prótons – atrai os elementos negativos, impedindo que
eles saiam de sua órbita (fig.4)
Nota
O hidrogênio é o único elemento que tem apenas um próton no núcleo e um
elétron em órbita.
4- Equilíbrio de cargas elétricas importante saber que, em condições normais, o
número
de elétrons em torno de um núcleo é sempre igual ao número de prótons desse
núcleo (figs.5,6,7), havendo, portanto, equilíbrio de cargas elétricas.
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CONCEITOS BÁSICOS
É possível, porém,retirar ou acrescentar elétrons aos átomos de um corpo.
Quando isso acontece, passa a existir uma diferença de cargas elétricas no
átomo. Dizemos, então, que o átomo está eletrizado ou ionizado.
Quando um átomo perde ou recebe elétrons, transforma-se num Íon.
Se ficar com falta de elétrons, será um Íon positivo ou cátion.
Se ficar com excesso de elétrons, será um Íon negativo ou Ânion.
Para esclarecimento, vejamos os seguintes exemplos:
Um átomo de ferro tem 26 prótons e 26 elétrons. Se ele perder 3 elétrons,
ficará com 26 prótons (carga positiva) e 23 elétrons (carga negativa) e será um
Íon positivo ou Cátion. Se o átomo de ferro receber 3 elétrons, ficará com 26
prótons (carga positiva) e 29 elétrons (carga negativa) e será Íon negativo ou
Ânion.
5 - Há vários Processos para desequilibrar as cargas elétricas dos átomos de
um corpo, criando uma diferença de potencial cuja tensão elétrica será tanto
maior quanto maior for a diferença das cargas. No decorrer do curso,
analisaremos os processos industriais, porém podemos estudar agora o
primeiro processo de que se tem notícia: o de Eletrização Pôr Fricção .
Sabe-se, quando um corpo é friccionado com outro, ambos adquirem cargas
elétricas: um pôr perder elétrons e o outro pôr recebê-lo. Podemos constatar
esse processo, fazendo a experiência que se segue:
A Cortamos papel fino em partículas do menor tamanho possível.
B Friccionamos o lado de um pente num pedaço de flanela, seda ou lã,
sempre no mesmo sentido.
C Aproximamos o pente das partículas de papel.
Conclusão: As partículas de papel são atraídas pelo pente.
6
CONCEITOS BÁSICOS
6.0 Tensão Elétrica
Sempre que há uma diferença de potencial (d.d.p.), existe uma tensão tendendo a
restabelecer o equilíbrio. Podemos demonstrar isso facilmente, pôr meio de duas
vasilhas com água, ligadas pôr um tubo com registro.
Na fig.2, a água das vasilhas está no mesmo nível, não havendo diferença de
potencial entre as mesmas.
Se abrirmos o registro, não haverá fluxo de água de uma para a outra.
Na fig.3, o nível da água na vasilha A é superior ao da vasilha B, existindo uma
diferença de potencial entre os
Se abrirmos o registro, haverá fluxo de água de A para B, até que a água fique no
mesmo nível nas duas vasilhas.
Do exposto podemos verificar que a diferença de potencial hidráulico (da água)
provocou uma tensão hidráulica.
Para entendermos a tensão elétrica, é necessário aprendermos alguma coisa
sobre Constituição da matéria.
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7.0 Medida da Tensão Elétrica
Vimos que sempre se modifica a estrutura dos átomos de um corpo, este fica
eletrizado. Se tivermos dois corpos com cargas elétricas diferentes, haverá entre
eles uma diferença de potencial (d.d.p.) elétrico, da mesma forma que houve uma
diferença de potencial hidráulico no caso das vasilhas. É importante, em todos os
campos de aplicação da eletricidade, sabermos o valor da tensão da d.d.p. Para
isso, existe uma unidade de medida,que é o Volt, e um instrumento para medi-la,
que é o voltímetro.
8.0 A Corrente Elétrica
Quando um átomo está ionizado, sua tendência é voltar ao estado de equilíbrio.
Evidentemente, um corpo eletrizado tende a perder sua carga, libertando-se dos
elétrons em excesso, ou procurando adquirir os elétrons que lhe faltam.
Concluímos, então, que basta unir corpos com cargas elétricas diferentes para
que se estabeleça um fluxo de elétrons, que chamamos CORRENTE ELÉTRICA.
Para se ter uma idéia exata da grandeza (INTENSIDADE) de uma corrente elétrica,
tornou-se necessário estabelecer uma unidade padrão.
Falar em elétrons que passam pôr segundo num condutor é impraticável, pois os
números envolvidos nos problemas seriam enormes. A fim de se eliminar esses
inconvenientes, fez-se uso de uma unidade de carga elétrica – o COLOUMB (C) –
que corresponde a 6,28 x 1018 elétrons.
A intensidade de corrente elétrica é medida em AMPERE e corresponde à
quantidade de COLOUMBS que passa pôr segundo em um condutor.
Uma intensidade de 1 Coulomb pôr segundo equivale a um ampère.
O instrumento que mede a intensidade de corrente é o AMPERÍMETRO.
Devemos lembrar quê:
Corrente Elétrica é um fluxo de elétrons em movimento.
Tensão Elétrica é a força que desloca os elétrons.
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CONCEITOS BÁSICOS
Sentido da Corrente Elétrica
Para entendermos o sentido da corrente elétrica, é bom recapitularmos as
condições de cargas elétrica do átomo.
Como sabemos os prótons tem carga positiva, e os elétrons, cargas negativas. Se
o átomo perde elétrons, ficará com carga positiva. Se o átomo recebe elétrons,
ficará com carga negativa. Se consideramos as condições de carga dos átomos
apresentados, havendo ligação entre eles, o átomo B (-) cederá dois elétrons ao
átomo A (+). Logo, o sentido da corrente elétrica é da carga negativa (-) para a
carga positiva (+).
Entretanto, antes de ter alcançado esses conhecimentos sobre os átomos, o
homem já fazia uso da eletricidade e sabia que algo se movimentava, produzindo
a corrente elétrica, e, pôr uma questão de interpretação, admitiu que o sentido da
corrente elétrica fosse do positivo (+) para o negativo (-).
Para evitarmos dúvidas, sempre que considerarmos o sentido da corrente como
sendo igual ao dos elétrons, diremos Sentido Eletrônico e , no caso oposto,
Sentido Convencional Ou Clássico.
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EXERCÍCIOS SOBRE : CONCEITOS BÁSICOS.
1.0 Definir o que vem a ser matéria .
R É tudo que existe no universo.
2.0 Definir substância.
R É substância própria de cada matéria.
3.0 Definir átomo .
R É uma partícula composta de prótons, nêutrons e elétrons.
4.0 Como é distribuído os prótons, nêutrons e elétrons no átomo ?
R Os prótons e nêutrons, se localizam na parte na parte central do núcleo e os
elétrons ficam girando em torno do núcleo.
5.0 O que é equilíbrio de cargas elétricas ?
R É quando o número de prótons é igual ao número de elétrons.
6.0 Definir átomo eletrizado ou ionizado.
R É quando um átomo perde ou recebe elétrons para se equilibrar suas cargas
elétricas.
7.0 Quais são os nomes dos átomo ionizados ou eletrizados ?
R Átomo negativo ou ânion: Átomo positivo ou cátion
8.0 Qual a unidade de medida de tensão elétrica e qual o equipamento para medila?
R Volts, voltímetro.
9.0 Qual a unidade de medida de corrente elétrica e qual o equipamento para
medi-la?
R Ampère, amperímetro.
10.0 Qual a unidade de medida de cargas elétricas ?
R Coulomb (C), seu valor é 6,28 x 1018.
11.0 Definir corrente elétrica.
R É o deslocamento de um fluxo de elétrons em um meio condutor.
12.0 Definir tensão elétrica.
R É força que desloca os elétrons.
13.0 Quais os sentido da corrente elétrica e sua definição?
R Sentido eletrônico: a corrente sai pelo terminal negativo da fonte geradora.
Sentido convencional: a corrente sai pelo terminal positivo
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RESISTÊNCIA ELÉTRICA.
Definição:
A oposição que os materiais oferecem á passagem da corrente elétrica
chamamos de Resistência Elétrica (R).
A resistência elétrica é de grande importância na solução dos problemas de
eletricidade.
A unidade de medida da resistência elétrica é o OHM .
Quando queremos medir resistências muito grandes, usamos o MEGOHM (MΩ),
que equivale a 1.000.000 de ohms, ou o QUILOHM (KΩ).
Quando queremos medir resistências muito pequenas, usamos o MICROHM
(μΩ) ou o MILIOHM (mΩ).
A resistência elétrica é medida em instrumentos chamados OHMÍMETROS.
Quando a resistência é muito grande, o instrumento usado é o MEGOMETRO.
O inverso da resistência é a condutância (C), Que tem como unidade o MHO .
C = 1 R = 1
R C
Escala de Unidades:
109 106 103 UNIDADE 10-3 10-6 10-9 10-12
GIGA MEGA KILO UNIDADE MILI MICRO NAN PICO
Exemplos de Unidades:
Tensão (Volt), Corrente (Ampère), Resistência (Ohm), Potência (Watt),
Capacitância (Farad), Indutância (Henry).
MATERIAIS CONDUTORES , ISOLANTES.
Todos os materiais oferecem uma certa oposição a passagem da corrente
elétrica; no entanto dependendo da substância do material, essa oposição é
maior ou menor, sendo que alguns materiais praticamente não permitem a
passagem da corrente elétrica.
- Os materiais que oferecem pouca oposição `a passagem da corrente elétrica
chamamos de ; materiais condutores.
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Ex Prata, cobre, alumínio
Produtos; fio de cobre , fio de alumínio
- Os materiais que praticamente não permitem passagem da corrente elétrica
chamamos de ; materiais isolantes.
-
Ex Vidro, borracha, porcelana.
Produtos; isoladores de pino
A razão da maior ou menor oposição oferecida à passagem da corrente elétrica
tem sua explicação na estrutura dos átomos.
Em alguns materiais, os elétrons em órbitas mais afastadas sofrem pouca atração
do núcleo, tendo facilidade de se deslocar de um átomo para outro átomo, num
rodízio desordenado, sendo chamados de elétrons livres.
Os elétrons livres são numerosos nos materiais condutores e praticamente
inexistentes nos materiais isolantes.
EXERCÍCIOS SOBRE: RESISTÊNCIA ELÉTRICA.
1. Converter 2,1 V em milivolts. R 2.100 mV
2. Converter 2500 V em Kvolts R 2,5 kV
3. Converter 356 mV em Volts . R 0,356 V
4. Converter 50. 000 Ω em MΩ. R 0,5 MΩ
5. Converter 8,2 KΩ em Ω. R 8.200 Ω
6. Converter 680 KΩ em MΩ. R 0,680 MΩ
7. Converter 47.000 Ω em KΩ. R 47 KΩs
8. Converter 20 000 Pf em F. R 0,00002 F
9. Converter 100.000 Ω em KΩ. R 100 kΩ
10. Converter 12.000 KΩ em Ω. R 12 Ω
11. Converter 0,006 A em mA. R 6 mA
12. Converter 2 A em mA. R 2.000 mA
13. Converter 1.327 m em A. R 1,327 A
14. Converter 20.000μA em A. R 0,020 A
15. Converter 0,25 mA em A. R 250 μA
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RESISTORES
Definição:
Resistor é um componente formado pôr um corpo cilíndrico de cerâmica sobre o
qual é depositada uma camada de material resistivo. Esse material determina o
tipo e o valor de resistência nominal do resistor. Ele é dotado de dois terminais
colocados nas extremidades do corpo em contato com o filme resistivo.
Os resistores são utilizados nos circuitos eletrônico para limitar a
corrente elétrica e, conseqüentemente, reduzir ou dividir tensões.
Os resistores são componentes que formam a maioria dos circuito eletrônicos.
Eles são fabricados com materiais de alta resistividade com a finalidade de
oferecer maior resistência à passagem da corrente elétrica. Dificilmente se
encontrará um equipamento eletrônico que não use resistores
Este capítulo vai tratar dos resistores e de seu código de cores. Desse modo,
você vai ser capaz de identificar as características elétricas e construtivas dos
resistores. Vai ser capaz também de interpretar os valores de resistência
expressos no código de cores.
1) Tipos de Resistores Fixos.
Há quatro tipos de resistores, classificados segundo sua constituição:
Resistor de filme de carbono;
Resistor de filme metálico;
Resistor de fio;
Resistor para montagem em superfície (SMR).
Cada um dos tipos tem, de acordo com sua constituição, características que o
tornaram mais adequadas a determinada aplicação.
O resistor de filme de carbono, também conhecido como resistor de película,
apresenta formatos e tamanhos variados como mostra a ilustração a seguir.
Esse tipo de resistor constitui-se por um corpo cilíndrico de cerâmica que serve
de base à fabricação do componente.
Sobre o corpo do componente é depositada uma fina camada de filme de
carbono, que é um material resistivo.
A potência varia de 1/16 W a 2W.
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Material resistivo carbono puro.
Aplicação: uso geral, circuito de vídeo e áudio.
Resistor de fio; constitui-se de um corpo de porcelana ou cerâmica, sobre este
corpo enrola-se um fio especial, geralmente de níquel-cromo. O comprimento e
seção desse fio determinam o valor do resistor, que tem capacidade para operar
com valores altos de corrente elétrica.
A potência varia de 2W a 200 W.
Aplicação em circuitos de grande potência.
Resistor de filme metálico: tem o mesmo formato que os resistores de filme de
carbono o que diferencia é o fato do material resistivo é uma película de níquel ,
que resulta em valores ôhmicos mais precisos.
Aplicação em circuitos de precisão, computadores, circuitos lógicos.
A potência varia em 1/16 W a 1 W.
Resistor SMR: resistor montado em superfície é constituído de um minúsculo
corpo de cerâmica com alto grau de pureza no qual é depositada uma camada
vítreo metalizada formada por uma liga de cromo-silício.
Aplicação em circuitos eletrônicos, através de máquinas de inserção automática,
por tamanho muito pequeno.
Potência menores que 1/16 W.
Essas diferenças situam-se em quatro faixas de valores percentuais de
tolerância:
1.0 Para resistores de uso geral: 2.0 Para resistores de precisão
± 2% de tolerância ± 10% de tolerância
± 1% de tolerância ± 5% de tolerância
OBSERVAÇÃO:
Empregam-se os resistores de precisão apenas em circuitos em que os valores
de resistência são críticos e em aparelhos de medição.
A tabela abaixo informa que, um resistor de 220 Ω ±5%(valor nominal), pôr
exemplo, pode apresentar qualquer valor real de resistência entre 232 Ω e 209 Ω.
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Devido à modernização do processo industrial, os resistores estão sendo
produzidos pôr máquinas especiais que utilizam raios lazer para o ajuste final da
resistência nominal.
Pôr isso, dificilmente, são encontrados no mercado resistores para uso geral com
percentual de tolerância maior do que ±5%.
Características elétricas dos resistores:
O resistor tem características elétricas que o diferenciam de outros componentes.
Elas são:
Resistência nominal;
Percentual tolerância;
Dissipação nominal de potência.
Resistência nominal:
A resistência nominal é o valor da resistência elétrica especificada pelo
fabricante. Esse valor é expresso em ohms (Ω), em valores padronizados
estabelecidos pela norma IEC63. Assim, pôr exemplo, pode-se ter resistores de
18Ω, 120Ω,4k7Ω, 1MΩ.
Neste curso, serão empregados os valores padronizados da série E-24, ou seja,
10, 11, 12, 13, 15, 16, 18, 20, 22, 24, 27, 30, 33, 36, 39, 43, 47, 51, 56, 62, 68, 75, 82,91
Como esses números determinam os valores comerciais dos resistores, eles
devem ser memorizados para facilitar a identificação e especificação desses
componentes.
Dependendo do tipo de resistor e de sua aplicação, a faixa de valores comerciais
pode variar. Portanto, os manuais de fabricantes devem ser consultados a fim de
que sejam obtidas as informações mais específicas sobre os componentes.
Percentual de tolerância
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Em decorrência do processo de fabricação, os resistores estão sujeitos a
imprecisões no seu valor nominal. O percentual de tolerância indica essa
variação de valor que o resistor pode apresentar em relação ao valor padronizado
de resistência nominal. A diferença no valor pode ser para mais ou para menos
do valor nominal.
Dissipação nominal de potência:
É a temperatura que o resistor atinge sem que sua resistência nominal varia mais
que 1,5%, à temperatura de 70ºC.
O resistor pode sofrer danos se a potência dissipada for maior que seu valor
nominal.
Em condições normais de trabalho, esse acréscimo de temperatura é
proporcional à potência dissipada.
2) Resistor Variável.
Resistor variável é aquele que possui um valor de resistência mínimo até um
valor máximo. Ex.: potenciômetro.
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3) Efeito Joule.
É o efeito que ocorre em um resistor, onde uma parte da energia elétrica é
transformada em calor (energia térmica). Ex.: chuveiro elétrico torneira elétrica.
4) Para evitar dúvidas.
1) 2,2Ω = 2R2Ω para não confundir com 22Ω.
2) 4,7KΩ = 4K7Ω para não confundir com 47Ω.
3) 6,8 KΩ = 6K8Ω para não confundir com 68Ω.
4) 2,7 KΩ = 2K7Ω para não confundir com 27Ω.
EXERCÍCIOS: SOBRE REISTORES
Qual o valor do resistor a ser lido de acordo com as cores em seu corpo?
1.0 1 º faixa 2º faixa 3º faixa 4º faixa
Vermelho Vermelho Vermelho Ouro
2 2 102 %5
Resultado:
22 X 102 = 2200 Ω ± 5%
2200 + 110 = 2310 Ω
2200 – 110 = 2090 Ω
2.0 1º faixa 2º faixa 3º faixa 4º faixa
Amarelo Violet Preto Prata
4 7 100 %10
Resultado:
47 X 100 = 47 Ω ± 10%
47 + 0,47 = 47,47 Ω
47 – 0,47 = 46,53 Ω
3.0 1º faixa 2º faixa 3º faixa 4º faixa
Verde Vermelho Laranja Ouro
5 2 103 %5
Resultado:
52 X 103 = 52000 Ω ± 5%
52000 + 2600 = 54600 Ω
52000 – 2600 = 49400 Ω
4.0 1º faixa 2º faixa 3º faixa 4º faixa
Azul Marron Vermelho Prata
6 1 102 10%
17
Resultado:
61 X 102 = 6100 Ω ± 10%
6100 + 610 = 6710 Ω
6100 – 610 = 5490 Ω
5.0 1º faixa 2º faixa 3º faixa 4º faixa
Vermelho Amarelo Preto Vermelho
2 4 100 2%
Resultado:
24 X 100 = 24 Ω ± 2%
24 + 0,48 = 24,48 Ω
24 – 0,48 = 23,52 Ω
6.0 1º faixa 2º faixa 3º faixa 4º faixa
Preto Amarelo Laranja Vermelho
0 4 103 2%
Resultado:
04 X 103 = 4000 Ω ± 2%
4000 + 80 = 4080 Ω
4000 – 80 = 3920 Ω
7.0 1º faixa 2º faixa 3º faixa 4º faixa
Branco Azul Preto ouro
9 6 100 5%
Resultado:
96 X 100 = 96 Ω ± 5%
8.0 1º faixa 2º faixa 3º faixa 4º faixa
Amarelo Verde Laranja prata
4 5 103 10%
Resultado:
45 X 103 = 45000 Ω ±10%
CASO ESPECIAL : Resistor com 03 Cores
9.0 1º faixa 2º faixa 3º faixa
Vermelho Verde Marrom
2 5 101
Resultado:
25 X 101 = 250 Ω ± 20%
250 + 50 = 300 Ω
250 – 50 = 200 Ω
18
10.0 1º faixa 2º faixa 3º faixa
Laranja Preto Marrom
3 0 101
Resultado:
30 X 101 = 300 Ω± 20%
300 + 60 = 360 Ω
300 – 60 = 240 Ω
CASO ESPECIAL : Resistor com 05 Faixas
11.0 1º faixa 2º faixa 3º faixa 4º faixa 5º faixa
Violeta Vermelho Cinza Preto Prata
7 2 8 100 10%
Resultado:
728 X 100 = 728 Ω ± 10%
728 + 72,8 = 800,80 Ω
728 – 72,8 = 655,20 Ω
12 1º faixa 2º faixa 3º faixa 4º faixa 5º faixa
Azul Verde Preto Marrom Ouro
6 5 0 101 5%
Resultado:
650 X 101 = 6500 Ω ± 5%
6500 + 325 = 6825 Ω
6500– 325 = 6175 Ω
RESISTÊNCIA EQUIVALENTE.
Definição:
É o resistor que equivale a todos os resistores de uma associação seja ela série,
paralela ou mista.
Quando existem vários resistores num circuito, é importante determinar a
Resistência Equivalente do conjunto.
Para maior clareza, a maioria dos problemas de cálculo da Resistência
Equivalente são acompanhados de um desenho chamado “esquema”, onde os
resistores são representados pôr uma das figuras abaixo.
19
Para se determinar à resistência equivalente de um conjunto de resistores, é
necessário saber o modo como eles estão ligados entre si. Os resistores podem
ser ligados em Série , Paralelo ou MISTO.
Quando conjuntos em série e em paralelo estão interligados, são chamados
Mistos ou em Série-Paralelo.
RESISTORES EM SÉRIE:
Como sabemos a resistência aumenta com o comprimento (L). Podemos ver que
quando ligamos um conjunto em série, estamos somando os comprimentos dos
resistores. Deduzimos, então, que a resistência equivalente (Re) do conjunto será
a soma das resistências dos resistores (R).
Re = R1 + R2 + R3 + RN.
Resistores estão ligados em série quando:
- Quando a saída de um terminal for à entrada a entrada do outro.
- A corrente elétrica possuir mais de um caminho para circular.
- A resistência equivalente em série, será sempre maior que qualquer resistor da
associação em série.
Na fig.1, representamos o esquema de um conjunto de resistores ligados em
série.
RESISTORES EM PARALELO:
Resistores, estão ligados em paralelo, quando os seus terminais
estiverem interligados.
A corrente elétrica possui mais de um caminho para circular.
Como sabemos a resistência diminui, quando a seção (Smm2) aumenta.
20
Podemos notar que, quando ligamos um conjunto em paralelo, estamos
somando as seções dos resistores do conjunto.
Deduzimos então, que a resistência equivalente do conjunto será sempre menor
que a resistência do menor resistor do conjunto.
Para determinarmos a resistência equivalente de um conjunto em paralelo,
podemos usar as seguintes abaixo:
Na fig.2, representamos o esquema de um conjunto de resistores ligados em
paralelo.
Re = R Quando os resistores forem de igual valor.
Rn
R – resistência de um dos resistores.
Rn – quantidade de resistores do conjunto.
Re = R1 x R2 Quando o conjunto for de dois resistores.
R1 + R2
Para qualquer número de resistores no conjunto.
Re = 1
1 + 1 + 1 + etc
R1 R2 R3
Ou
21
1 = 1 + 1 + 1 + ...
Re R1 R2 R3
Na fig.3, representamos um conjunto misto.
Resistência Equivalente mista.
Para determinarmos a resistência equivalente do conjunto misto, calculamos
primeiro a resistência equivalente dos resistores ligados em paralelo e depois
somamos o resultado com os resistores ligados em série.
Para a fig.3, teríamos:
Re = 1 + R1 + R2
1 + 1 + 1
R3 R4 R5
22

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